Se a música dos anos 80 fosse uma espécie de vertente do Catolicismo, não faltariam santidades com nomes pincelados na Bíblia do Pop-Rock. E algumas canções poderiam ser elevadas à categoria de verdadeiros milagres, ou ao menos de poderosos ungüentos para almas angustiadas. Então, se você procura alívio para os males do espírito (e, fundamentalmente, do coração), ajoelhe-se e inicie a prece: "Em nome de Joy Division, Smiths e The Cure....Amém".
Porque Ian Curtis, Morrissey e Robert Smith, líderes das respectivas bandas, são os Arautos da Dor. Passados mais de vinte anos, ainda imploramos a Eles por um pouco de conforto, compreensão, consolo. Afinal, Eles também padeceram e sofreram de tristeza e melancolia. Um Deles, a ponto de morrer. Não crucificado, mas enforcado. Os sobreviventes espalharam sua Dor sob a forma de versos e melodias. E arrebanharam seguidores cegos e eternamente fiéis.
O mundo cai, o coração aperta.....e lá vai o devoto percorrer o mesmo caminho de espinhos: busca de palavras de apoio (geralmente proferidas por um outro mortal, qualificado como "melhor amigo"), contato com água-benta (no caso, convertida em aguardente) e....peregrinação até o arquivo pessoal de discos. Na hora da desesperança, o fiel recorre às autoridades máximas. Vai direto ao lugar mais alto da hierarquia dos especialistas em caos interior. Nesses momentos, não se atreve a acionar entidades menos graduadas para apaziguar a alma. Bloc Party, Interpol...ótimas baladas, com certeza. Mas para instantes passageiros de melancolia, nunca como bálsamo para corações afundados! Radiohead? Esse tem futuro. Thom Yorke progride em sua escalada rumo ao altar dos Messias. Mas ainda não. Coldplay? Deus nos livre! Ou melhor, Cure, Joy Divison e Smiths nos mantenham longe desses falsos sofredores, Judas do Rock.
Porque Ian Curtis, Morrissey e Robert Smith, líderes das respectivas bandas, são os Arautos da Dor. Passados mais de vinte anos, ainda imploramos a Eles por um pouco de conforto, compreensão, consolo. Afinal, Eles também padeceram e sofreram de tristeza e melancolia. Um Deles, a ponto de morrer. Não crucificado, mas enforcado. Os sobreviventes espalharam sua Dor sob a forma de versos e melodias. E arrebanharam seguidores cegos e eternamente fiéis.
O mundo cai, o coração aperta.....e lá vai o devoto percorrer o mesmo caminho de espinhos: busca de palavras de apoio (geralmente proferidas por um outro mortal, qualificado como "melhor amigo"), contato com água-benta (no caso, convertida em aguardente) e....peregrinação até o arquivo pessoal de discos. Na hora da desesperança, o fiel recorre às autoridades máximas. Vai direto ao lugar mais alto da hierarquia dos especialistas em caos interior. Nesses momentos, não se atreve a acionar entidades menos graduadas para apaziguar a alma. Bloc Party, Interpol...ótimas baladas, com certeza. Mas para instantes passageiros de melancolia, nunca como bálsamo para corações afundados! Radiohead? Esse tem futuro. Thom Yorke progride em sua escalada rumo ao altar dos Messias. Mas ainda não. Coldplay? Deus nos livre! Ou melhor, Cure, Joy Divison e Smiths nos mantenham longe desses falsos sofredores, Judas do Rock.
Joy Division, The Cure ou Smiths. Escolha o seu Salvador. E inicie o ritual de reclusão: tranque o quarto, bata a porta do carro. E reze junto com Eles. Peça. Pode chorar. Eu não vou ver mesmo.
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