Monday, October 30, 2006
Guillermo Arriaga
Jean-Honoré Fragonard e Yeah, Yeah, Yeahs
O Tim e o Timor
Saturday, October 28, 2006
We Heart Prints
http://www.weheartprints.com/
The Melancholy Death Of Oyster Boy
"The Melancholy Death Of Oyster Boy & Other Stories" é o livrinho de poesias escrito por Tim Burton, diretor de "Edward Mãos-de-Tesoura", "Peixe Grande", "A Noiva Cadáver". Nem é muito recente; ano que vem faz dez anos. Reúne vinte e três pequenas historinhas rimadas, acompanhadas por desenhos muito simples, de traços infantis. São contos, fábulas fantásticas.
Thursday, October 26, 2006
Chagais
“So you´ll aim toward the sky
And you´ll rise high today
Fly away
Far away
Far from pain”
(Grandaddy)
Qual é o nome?
Acho que ninguém batizou.
Talvez porque sejamos poucos. Será?
Estou falando de nós, admiradores convictos de bandas como Grandaddy, Mercury Rev, Flaming Lips, Secret Machines, Sparklehorse. Ou seja, fãs de gente que, no século XXI, tratou guitarras, baixos, teclados e baterias com tamanha delicadeza e cuidado....que o rock se fundiu às cantigas. De camponeses modernos e caipiras que, sem disfarçar a pronúncia rural, cantam e contam histórias místicas de gigantes apaixonados por sereias, peixes e sapos caídos como chuva do céu, riachos de prata que encerram segredos, princesas enfeitiçadas transformadas em unicórnios, espectros que pairam sobre telhados, aranhas que fiam teias de pérolas. Enfim, de melodias e letras que já compõem um cancioneiro....sem denominação.
Injusto. Só porque já passamos, em nossa maioria, dos trinta anos? Ou porque tais bandas não são blockbusters de mídia como, por exemplo, os representantes da atual geração dos moleques com rímel escorrido pelo choro? Quem é adolescente, está na casa dos 20 ou lota o I-Pod com as lamúrias de grupos como Chemical Romance e congêneres...é emo. E nós? Somos o quê? Se não tem nome, tomo a liberdade de inventar um. Mas deve ser um termo que sirva para identificar todas as bandas "oníricas". Que traga à lembrança algo que seja comum tanto aos veteranos do Sparklehorse como aos caçulas do Secret Machines. Algo....ou alguém. Então, duas pessoas. Dois pintores: Marc Chagall e Odilon Redon. Pois o russo e o francês, já falecidos, se anteciparam ao rock "poeira de estrelas"; rabiscaram, pincelaram e coloriram todas as canções mágicas, sensacionais e sensoriais que seriam criadas a partir do final do século passado por Mercury Rev e companhia. Até então, o rock andava de mãos dadas com a pintura do desespero. "Creeps" rastejantes e vampiros torturados haviam saltado das telas sombrias de William Blake, Goya, Hieronymus Bosch e invadido os pesadelos de Thom Yorke, vocalista do Radiohead, e do príncipe das trevas Trent Reznor, o amargurado Nine Inch Nails. Em contrapartida, as pinturas de Chagall e Redon ganharam identificação com a música de gente que entendeu que a melancolia podia ser leve, etérea e repleta de cores. Chagall saiu na frente do vocalista e compositor Wayne Coyne e ilustrou a história dos apaixonados que flutuam no espaço de “Do you realize?”. Redon acertou no branco faiscante ao pintar os próprios Sparklehorses (quadro aí de cima) e as aranhas artesãs que frequentam as canções iluminadas do Mercury Rev. Chagall, fazendeiro da pequena cidade de Vitebsk, destacou a importância de bichinhos domésticos no cotidiano das vidas que reproduziu em seus quadros. Os mesmos animais que hoje fazem companhia aos personagens entediados que sonham fugir dos cenários desoladores cantados pelo Grandaddy. E as esperanças, memórias e incertezas que borram os sonhos evocados pelo Secret Machines também aparecem borradas pelo giz de cera das telas embaçadas e líricas de Odilon Redon.
Tuesday, October 24, 2006
Rodin & Say Hi To Your Mom
"I think I'll be a good ghost when it's time for me to haunt all the people I knew when I was alive. I'll wear designer sheets as my only ghost clothes and get good scissors to cut the eye holes.
And hey, it'll be nice to be see-through for a while. And hey, it'll be cool to be feather light for a while.
I think I'll be a good ghost when it's time for me to haunt all the people I knew when I was alive. But I wonder if the girl ghosts will know that I'm there. Or if ghosts don't really care ("I Think I´ll be a Good Ghost, Say Hi To Your Mom).
Sunday, October 22, 2006
2046
Wednesday, October 18, 2006
Marc Chagall e Sparklehorse
Monday, October 16, 2006
Saturday, October 14, 2006
Your Point Of View
Sou formada em Direito. Mas esbarrei em Propaganda e Marketing. Fui aprovada no vestibular da ESPM. Não cursei. Preferi ficar com as leis. Porque a faculdade de Direito era grátis (um bom motivo), ocupava um prédio de arquitetura charmosa (um bom motivo) e apresentava um cronograma anual de festas, cervejadas e viagens que seduzia qualquer calouro (excelente motivo. Pelo menos pra quem acabou de ser alforriado da FUVEST - e quer mais é curtir a vida...). E outra: eu nunca olhei Publicidade com olhos muito amistosos. Sinto vergonha da maioria dos anúncios e comerciais brasileiros. Odeio a idéia que costuma ser vendida: a de que a melhor forma de mostrar um produto ou serviço é humilhando a concorrência. E convencendo o consumidor de que ele será mais feliz, mais invejado, mais importante do que o vizinho, se apenas honrar a quitação de dez suaves prestações que garantirão o carro da vez. Eca!
Friday, October 13, 2006
Genética, Chocolate e o Orkut dos Cientistas
A leitura é uma delícia. Algumas atividades bacanas e divertidas que merecem ser cumpridas nessa vida: inalar hélio e cantar "Nessun Dorma" (a baixa densidade desse gás faz com que as ondas sonoras viajem mais rápido do que viajariam no ar. Então, sua voz sai fininha e ridícula como a do Mickey Mouse); fazer o parto de uma vaca, faturar uma grana legal resolvendo problemas de Matemática (quer tentar? Vai lá: www.mathpuzzle.com) e até.....se apaixonar por alguém (essa eu já cumpri)!
Algumas dicas são lições de casa. Então, você pode tentar medir a velocidade da luz com....chocolate!!! Um microondas, uma barra de chocolate e uma calculadora. É tudo que você precisa para comprovar, na sua cozinha, que a luz percorre 299.792.458 metros em um segundo. Mas a experiência faz uma sujeira danada. O livrinho também ensina a fazer sorvete de nitrogênio líquido (!) e....a extrair seu próprio DNA! Isso dá para fazer mesmo. Já diminuí para 97 o número das minhas tarefas. Receita: dê uma boa bochechada de uma mistura de água com sal. Cuspa em um copinho que já contenha uma mistura de detergente (uma colher de chá)diluído em água (três colheres de chá). Misture bem, pois o detergente tem que quebrar as células para o DNA ser liberado. Pegue uma bebida de forte teor alcoólico, gelada (eles sugerem gim. Eu fiz com álcool de limpeza mesmo, pois na geladeira só tinha a cerveja sem álcool que meu pai adora....) e cuidadosamente despeje o equivalente a duas colheres de chá pela borda do copo. Pronto. Logo você verá o surgimento floquinhos brancos. Parabéns. Essa gosma é seu DNA. É o que faz com que você seja único.
Tarefa cumprida número três: transformei meu computador em um "pára-raio de ET"! É um projeto sério, científico, desenvolvido em Berkeley/EUA. Chama-se SETI, "Search for Extraterrestrial Intelligence". Para conectar seu computador, você deve entrar no site do SETI (http://setiathome.ssl.berkeley.edu/) e baixar o programa BOINC. E pronto! Sua lata-velha vira candidata a eventualmente receber sinais alienígenas captados por um telescópio em Porto Rico! Se rolar, você ficará famoso. Se não rolar...pelo menos dá para se divertir brincando no SETI. Sim, porque o seu cadastro envolve a elaboração do seu perfil. Você abre uma página na qual poderá colocar foto, descrever quem você é, mencionar seus hobbies e.....receber mensagens de outros usuários. Geralmente cientistas, que até respondem às suas dúvidas. Existem também comunidades ("teams") e você pode ingressar na qual quiser. Enfim....o SETI é o Orkut dos cientistas (muitos dos quais se apresentam como astrônomos e membros de bandas de rock. Ou biólogos e alpinistas)! Cool demais!
Ahhh! O livrinho não termina exatamente na centésima atividade em vida. São enumeradas ainda cinco tarefas....para depois que você passar dessa para uma melhor. A última - e mais poética - é....tornar-se um diamante. Vale a pena ler:
"Become a diamond. If you don´t fancy being compost, think shooting stars are just a flash in the pan, but would still like to become a lasting memorial, this is for you. LifeGem of Chicago, Illinois, will take a small portion of your cremated remains, extract the carbon, and turn it into a diamond using the high pressure and high temperature of an industrial diamond press. It takes 18 weeks to make a diamond of anything from 0.25 to 1.0 carat, but what´s that compared with all eternity?"
Moby estava certo. We´re all made of stars.