1.675. Em uma carta, Isaac Newton expõe para a Royal Society Of London sua teoria da correlação entre os intervalos do espectro de cores e a escala musical. Para Newton, a proporção verificada entre a graduação de cores seria a mesma proporção existente entre a graduação de notas musicais dentro de uma oitava. Vermelho e azul não são cores harmônicas entre si. Há uma distância de tons entre ambas. A mesma distância de sons que existiria entre notas musicais. Se o vermelho é um mí, o azul seria um lá.
Conclusão maravilhosa: se o famoso cientista estiver correto.....pode-se "tocar" uma pintura! Ou "pintar" uma música!
Conclusão maravilhosa: se o famoso cientista estiver correto.....pode-se "tocar" uma pintura! Ou "pintar" uma música!
Pense na sua música predileta. Se fosse pintada, resultaria em qual imagem? Difícil saber. Mas dá para brincar de imaginar.
"Smells Like Teen Spirit", do Nirvana. A música é uma sensacional mistura de explosão sonora e pequenos momentos de calmaria. Em questão de segundos, a voz de Kurt Cobain passa do quase murmúrio para o mais esquizofrênico dos gritos. E, logo em seguida, novamente se recolhe para um tom pastoso, típico de quem pronuncia palavras com a boca quase fechada. A bateria acompanha os repentes de fúria.
Então, se pintada, "Smells Like Teen Spirit" possivelmente seria um quadro de Kandinsky. Multicolorido, repleto de tonalidades desarmônicas entre si.
Já ouviu "No Surprises", do Radiohead? É um legítimo Monet! A voz de Thom Yorke percorre toda a canção em mínimas oscilações. No fundo, uma melodia que se repete, sem sobressaltos. Sonoridade quase homogênea. Logo, por analogia, uma pintura de cores próximas, suaves e harmônicas.
Aí em cima, duas pinturas. Kandinsky e Monet. Adivinhe quem é Nirvana, quem é Radiohead!
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