Wednesday, October 04, 2023

Kees van Dongen (1877 - 1968) e Twiggy

O pintor holandês antecipou a modelo inglesa em uns dez anos. :)

Friday, January 04, 2019

Quem Ama O Feio

....bonito lhe parece. :) É só ajustar o olhar.

Predinho no Sumaré, São Paulo, e “White Center”, Mark Rothko.

Wednesday, November 14, 2018

Quando a Arte vira Rock, Parte CXCVI


“John Ridgely Carter”, John Singer Sargent, 1901, e Freddy Mercury.

Tuesday, November 13, 2018

Quando a Arte vira Rock, Parte CXCV


The Sea, Emil Nolde (1867-1956) e Beirut band, The Rip Tide song official video

Friday, February 17, 2017

Quando a Arte vira Rock, Parte CXCIV

 "Portrait of George Wyndham", Rodin, e Jesse Hughes, vocalista do Eagles Of Death Metal.  

Thursday, December 29, 2016

Quando a Arte vira Rock, Parte CXCIII

Head of Man, Picasso, 1971, e o cantor Bruce Springsteen, The Boss.

Sunday, October 23, 2016

Saturday, March 26, 2016

Quando a Arte vira Rock, Parte CXCI

 Portrait Of A Woman, Picasso, 1910, e a cantora PJ Harvey

Thursday, February 04, 2016

Quando a Arte vira Rock, Parte CXC

 "Portrait of George Lucks", Robert Henri, 1902, e Jello Biafra, vocalista do Dead Kennedys. 

Monday, January 25, 2016

Quando a Arte vira Rock, Parte CLXXXIX

"Girl in Green", Chain Soutine, 1928, e Kathleen Hanna, vocalista do Bikini Kill e Le Tigre.

Monday, January 18, 2016

Quando a Arte vira Rock, Parte CLXXXVIII


"Drawing of Caravaggio", Ottavio Leoni, 1621, e Mark Linkous, vocalista e guitarrista do Sparklehorse. 

Wednesday, January 13, 2016

Starman

"Commencing countdown, engines on. Check ingnition. And may God's love be with you. Ten, nine, eight, seven, six, five, four, three, two, one. Liftoff." ("Space Oddity", David Bowie) 

8 de janeiro de 1947. Ele caiu na Terra. Despencou precisamente ao sul de Londres, Inglaterra, um bairro humilde. Sua missão no planeta azul começava. A metamorfose em Homo sapiens, essa espécie frágil, tão antiquada e atrasada, não foi nada difícil. O plano era percorrer o ciclo completo. Embrião, feto, bebê. Células programadas para assumir o fenótipo de um menino, depois homem e aí velho. Alternativa não imutável. Se o tédio viesse, causando aquela ebulição genética à qual já se acostumara, tudo sob controle. Poderia escolher aquele outro sexo. Ou sexo nenhum. E voltaria a ser quem ele sempre fora. Revelaria sua identidade. Sem medo de alarde, captura, experimentos científicos, mutilações. Porque, quando este dia chegasse, as mentes dos terráqueos já estariam irremediavelmente dominadas. 
E assim foi a conquista. 
Para viciar ouvidos humanos dispersos por cinco continentes, o som precisava ser intenso, irresistível, um feitiço. Então ele, químico, preparou fórmulas para as melhores canções. Preferiu de início não causar enorme estranhamento. Apenas encantamento. Obteve sucesso. Atenções e cérebros se renderam ao poder de suas melodias. Aí ele ousou. O disfarce já não era necessário. DNA recombinado, ele surgiu como nascera. A imagem que sempre fora, e que sempre seria, caso ainda morasse em um infinito lá longe, onde o tempo nunca existiria. 
Para ele, a audição não era o bastante. Queria o monopólio também da visão. Explodiu em cores, texturas, ondas. Vestiu tecidos que gritavam cada matiz do arco-íris. Provocou ao ajustá-los à sua delgada silhueta sideral - ou ao usá-los em ângulos inusitados. Cabelo no tom de Marte. Mais tarde, outra mudança. Desbotou, apagou-se. Preto e branco. Tão branco que a ausência de cor foi um de seus nomes. Engrandecido por um título de nobreza. Vitória novamente. 
Seu estilo, audácia, sua liberdade foram absorvidos, mimetizados, reproduzidos pelos habitantes do planeta feito de água, mas curiosamente batizado de Terra. Não foi o bastante. Ele queria mais. Não só se comunicar pela língua da Música. Havia o desejo de se sentir humano. Fingir ser um, mas sem ofuscar sua personalidade. Então ele interpretou. Viveu a vida de um presidiário, e a de um cientista. Viveu uma vida sem vida: um vampiro. E seu melhor papel foi ser ele próprio, autêntico. Sua origem foi uma ficção registrada em rolos de celuloide. The Man Who Fell To Earth.  
Missão dada, missão cumprida. Em um pequeno ponto da via-láctea, ele hipnotizou neurônios e fincou em corações sua bandeira de conquistador.  Mas o imprevisto sempre acontece. Anos e anos terrestres. Noites e noites e noites estreladas e ele, o lar, pairando no espaço distante. Chamando.
Bateu a saudade. 
Mas...como viajar, como voltar para casa? Afinal, há sessenta e nove anos ele não aterrissara. Caíra. E a nave se fora. 
10 de janeiro de 2016. Ele partiu. Lá de cima, um raio - o raio que o tatuava - brilhou no céu e desceu fulminante, partindo nossos corações. E neles riscando a pergunta: mas por que nos deixar tão cedo? O Universo poderia explicar porque afastou de seus servos o melhor dos senhores? Existe um Deus que forneça a resposta?
Sim.
E a resposta veio cento e vinte e oito anos antes da pergunta. Na caligrafia de um mortal, mas também destinado à imortalidade. Um holandês tão angustiado quanto talentoso - e subestimado. Vincent Van Gogh nunca foi um homem do espaço, mas amava o firmamento em uma noite cheia de luzes. E decifrou, em uma carta endereçada a seu irmão, quais as maneiras de se viajar até as estrelas:

"...the sight of the stars always makes me dream in as simple a way as the black spots on the map, representing towns and villages, make me dream. 
  Why, I say to myself, should the spots of light in the firmament be less accessible to us than the black spots on the map of France.
   Just as we take the train to go to Tarascon or Rouen, we take death to go to a star. What's certainly true in this argument is that while alive, we cannot go to a star, any more than once dead we'd be able to take the train. So it seems to me not impossible that cholera, the stone, consumption, cancer are celestial means of locomotion, just as steamboats, omnibuses and the railway are terrestrial ones.
   To die peacefully of old age would be to go there on foot."

Ele tinha pressa. Urgência em cruzar o espaço na velocidade da luz, polvilhando seu rastro de poeira estelar. Alcançar a sua estrela natal, sua casa. Ele não era Skywalker, jamais se conformaria com pequenos passos. David Bowie, rebel, hero. Eternamente, Starman.   

Sunday, August 30, 2015

Quando a Arte vira Rock, Parte CLXXXVII


"Portrait Of a Man, Jan Van Eyck, 1432, e Richard File, vocalista do UNKLE e guitarrista do We Fell To Earth.

Friday, January 02, 2015

Quando a Arte vira Rock, Parte CLXXXVI


Study For The Head Of George Dyer, Francis Bacon, 1967, e o cantor Leonard Cohen. 

Sunday, August 17, 2014

The Glam Spider Living Under My Rotten Skin

Feliz da vida por encontrar serventia para muitos batons, blush, pó facial, sombras e lápis de olhos com prazos de validade vencidos. Aí foi combinar tudo com lápis de cor, lembranças daquelas fotos lindamente aterrorizantes dos livros de Medicina dos meus pais, filtro Mayfair do Instagram. E David Bowie como muso inspirador!

Sunday, May 11, 2014

Quando a Arte vira Rock, Parte CLXXXV


Preciso falar alguma coisa, rs? Não é zoeira, não. É mesmo uma estátua egípcia antiga (não achei o século), exposta em um museu de Chicago. A semelhança é tão descarada que, claro, não fui a única a perceber. Pesquisando nas imagens do Google vi que algumas páginas já tinham feito a descoberta antes de mim. Mas vale a postagem. Primeiro fiquei um pouco em dúvida quanto ao título. Ele foi rei do pop, rock não. Mas aí caiu a ficha: e por acaso alguém viveu uma vida mais punk rock do que a dele?  

Thursday, May 01, 2014

As Entrevistas do João

Nunca vi pessoalmente o João. Ele é meu amigo conhecido pelo Face, graças à minha querida amiga Anna Lim. Ou seja, melhor recomendação não pode haver. O João mora lá no Rio Grande do Sul, em uma cidade chamada Taquara. Uns anos mais velho do que eu. E um cara apaixonado por música! O João gosta de ouvir. Mas não apenas melodias. Ele, observador, interessado, curioso, quer saber qual a importância da música no passado e no presente dos seus amigos. Então ele criou um simpático blog. E teve uma ideia bacana - e generosa. Iniciar o espacinho dele dando voz aos outros. Cada post é uma entrevista. O João fez uma listinha de perguntas musicais para que seus convidados derramassem sua paixão pelo tema. Fiquei muito contente porque ele pediu minha participação. Algumas entrevistas já foram publicadas antes da minha. Gostosas de ler, bate aquela nostalgia. Quem lê se sente próximo de pessoas desconhecidas: gente comum, como a gente, muitos não são músicos e nem trabalham na área. Toda essa despretensão com ares caseiros aquece o coração da gente durante a leitura do bloguinho. Minha entrevistinha está no link abaixo. E eu espero, ansiosa, por uma autoentrevista do João (viu, João?).


http://musicajlls.blogspot.com.br/2014/05/entrevista-ana-luisa-barros.html
   

Saturday, March 01, 2014

Alhos com Bulgalhos





Inspirada pela coluna do Álvaro Pereira Júnior publicada hoje na Folha Ilustrada, minha lista de imbroglios mentais!
O Álvaro escreveu que costuma confundir palavras. Devido à grafia semelhante. Ou porque são nomes de pessoas que se parecem. Ou então nada disso. O cérebro tem mania de relacionar coisas e gente que não têm nada a ver entre si.
Quando acontece comigo, às vezes são necessários uns segundos até as engrenagens pegarem no tranco e eu desfazer o nó da confusão, separando quem é quem, o quê é o quê, onde é onde. Outras vezes, só apelando para São Google. E nem sempre rola o milagre da cura: minutos depois, a informação assimilada cai na pasta "lixeira" e os miolos voltam a misturar alhos com bulgalhos.  
Antes da lista, só uma observação. Os enganos envolvendo Mark Lanegan e PJ Harvey são do tempo em que eu vivia imersa nas trevas e ainda não os conhecia muito bem. Nada bem, vai.  
 
1. Itaparica x Itamambuca
Tudo água, sal, areia, coqueiro e cacau. 
 
2. Estocolmo x Edimburgo
Tudo Europa, tudo láaaa pra cima, tudo frio.
 
3. John Galliano x Jean Paul Gaultier
Tudo moda, tudo Paris, tudo além do meu orçamento. Um, é o Capitão Gancho de carne e osso; o outro, o marinheiro Popeye de carne e osso. Só falta eu ligar os nomes aos rostos.
 
4. Grace Kelly x Ingrid Bergman
Tudo Hollywood das antigas, tudo loira, tudo cabelo penteado pra dentro, tudo classuda.  
 
5. Laranja Mecânica x O Massacre da Serra Elétrica
Tudo louco matando alguém, tudo com alguma engenhoca que não é revólver.
 
6. Mark Lanegan do Screaming Trees x vocalista do Soul Asylum
Tudo grunge, tudo ruivo, tudo cabelo comprido, tudo camisa de flanela.
 
7. PJ Harvey x Run DMC x Ice-T
Tudo rap.
 
8. PJ Harvey x KD Lang
Tudo a mesma pessoa, tudo vestida de terno, tudo cantando música tipo Sade.
 
9. Kevin Bacon x Kevin Spacey
Tudo Hollywood atual, tudo Kevin (já disse para um amigo que ele era a cara do Bacon, pra segundos depois corrigir e mudar para o Spacey. O sorriso que tinha aberto na cara dele virou carranca. E ele nunca mais me tratou muito bem).
 
10. John Taylor, James Taylor, Nick Taylor, Roger Taylor, Robert Taylor, Andy Taylor, Adam Taylor, Qualquer-Nome-em-Inglês-de-Homem Taylor.
Tudo Duran Duran.
 
11. Bette Davis x Greta Garbo x Marlene Dietrich
Tudo Hollywood das antigas, tudo ruiva, tudo vilã, tudo nariz comprido, tudo sobrancelha fina, tudo cara da rainha da Branca de Neve num uniforme da Gestapo.
 
12. framboesa, amora, groselha, mirtilo, oxiurus (hã....sorry. oxiCOCO)
Tudo fruta, tudo vermelha, ou tudo roxa, tudo pequena, tudo azeda, tudo "alguma-coisa-berry" em inglês.
 
13. Wilza Carla x Elke Maravilha x Rogéria
Tudo Silvio Santos, ou tudo Chacrinha, tudo rosto bem redondo, tudo maquiagem de palhaço, tudo parecendo - ou sendo - traveca.
 
14. Katharine Hepburn x Rita Hayworth
Tudo Hollywood das antigas, tudo ruiva, tudo cabelo comprido, tudo mulher fatal, tudo fumante, tudo Gilda e Jessica Rabbit.
 
15. O Exorcista x Carrie, a Estranha
Tudo ruiva (é, de novo. Cabelo vermelho dá pane nas minhas sinapses), tudo de camisola, tudo de olho virado, tudo possuída pelo capeta. 
 
16. queratina x quitina
Tudo proteína que fortalece o seu cabelo ou as suas baratas.
 
17. Escrava Isaura x Sinhá Moça
Tudo Lucélia Santos enfiada num vestido de época.
 
18. Escrava Isaura x Cigana Rosa Madalena
Tudo música do Sidney Magal.
 
19. Francisco Franco x Salazar x Zapata Salazar
Tudo ditador na Península Ibérica (tem o portuga relacionado aos Cravos; tem o que tem um nome parecido no México), tudo envolvido com alguma guerrilha civil fotografada pelo Frank Capra, ou melhor, Frank Zappa, quero dizer, Robert Capa! Tudo um balaio latino de gatos em que tudo que é variação do nome "Francisco" tem a ver com alguém que faz rima com "salada", "sapata" ou "cabra".    
 
E, para fechar com chave de ouro,....uma confusão que não é semântica, e sim visual!
 
Juro pelos meus discos do Lanegan: eu já era grandinha (e, quando digo grandinha, quero dizer maior de idade) quando, ao passar diante de um bar, abismada, me dei conta:
 
O logo dessa empresa, na verdade mostrava essa forma geométrica, pintada nessa cor capciosa, contendo fofuras dessa espécie.
 
E não.....a cara dele.
 
Bom Carnaval! Esquimó!
 
Sorry.
 
Esquindô!